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Amigos,

Acabou de sair um artigo meu que acredito interessar àqueles que trabalham com a aproximação História e Espaço.

'A Flecha e o Alvo' (este é o nome do artigo) procura juntar o Ensino da História, a História da Historiografia e a Cartografia para procurar explicar a produção da Formação Territorial brasileira enquanto servindo para o resgate do papel dos diplomatas na invenção da Nação e para a recomposição do papel do país no jogo das relações internacionais após a Segunda Guerra Mundial.

O foco do artigo são os cursos lecionados no Instituto Rio Branco por Jaime Cortesão (foto abaixo), historiador português que é um dos menos conhecidos e, ao mesmo tempo, um dos mais influentes intelectuais e pensadores do Brasil - o nosso texto começa assim:




Eu prepararei a flecha e depois passá-la-ei a outras mãos válidas e moças, para que elas desfechem o tiro, para que possam acertar no alvo, que eu depois não posso atingir
– Jaime Cortesão.

A fala acima, capturada pelo taquígrafo no decorrer de uma das aulas de Jaime Cortesão durante o curso ‘História da Cartografia’, lecionado no Itamaraty em 1944, nos permite inferir a importância que ele atribuía ao seu constructo. No encaminhamento deste raciocínio, nosso texto se propõe a colocar a ideia de que a história da cartografia brasileira, por meio da metodização dos seus conteúdos e do seu ensino permitiu consagrar uma narrativa e uma pedagogia da formação do território nacional em que Alexandre de Gusmão e o Barão do Rio Branco passaram a figurar em relevo tanto na história quanto na geografia brasileira, as quais serviram para a recomposição da posição do Estado brasileiro no jogo das relações internacionais e para o resgate do papel dos diplomatas na invenção da Nação e na organização do Estado. 

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