Amigos,
Leiam com atenção a notícia abaixo: o presidente do Banco Mundial diz claramente que está acontecendo uma mudança no equilíbrio geopolítico mundial, e que o poder econômico está sendo transferido muito rapidamente para a China. Eu já tinha alertado  anteriormente para a percepção deste problema, inclusive colocando algumas notícias no Blog, como 'Sobre a parceria estratégica com a China'.
Estou disponibilizado, novamente, a palestra 'Adam Smith em Pequim, uma releitura' de 2009, onde falo sobre o livro de Giovanni Arrighi que trata justamente da transferência do centro mundial para a China. 
Presidente do Banco Mundial: economia entra em fase mais perigosa
O Globo, 13 de agosto de 2011.
PARIS - Após a degradação da nota americana e uma semana de  turbulências nos mercados financeiros de todo o mundo, o presidente do  Banco Mundial, Robert Zoellick, tem uma visão pessimista acerca do  futuro da economia mundial em entrevista ao semanário australiano  "Weekend Australian".  
Segundo ele, a economia mundial entrou em "uma fase nova e  mais perigosa", e isso é somente "o início de uma tempestade nova e  diferente". "Não é a mesma crise de 2008. Nos últimos 15 dias, passamos  por uma reprise difícil - com um bom crescimento dos emergentes (...)  mas muito mais hesitante para os mais desenvolvidos - em uma fase nova e  mais perigosa."  
Zoellick disse que a lição de 2008 é que quanto mais se  espera, medidas mais severas precisam ser tomadas. "A maioria dos países  desenvolvidos já utilizaram tudo que podiam de política fiscal e  monetária", disse o adepto da política de rigor.  
Além das consequências financeiras imediatas, Zoellick estima que  a situação atual vai provocar mudanças no equilíbrio geopolítico  mundial. Toda esta crise está transferindo "muito rapidamente, do ponto  de vista histórico", o poder econômico do Ocidente para a China.  
Mas ele afirma que Pequim não sustenta ainda esse papel  por se encontrar confrontado com seus problemas internos: evitar o  sobreaquecimento da sua economia, fazer uma reforma no seu sistema  fiscal e manter o equilíbrio entre empresas públicas e privadas.  
Ele afirma, porém, que o maior desafio para a atual crise está no  continente europeu, com ameaças à existência do euro. Os investidores  começam a se perguntar quanto tempo a Alemanha e a França vão continuar a  sustentar os países ameaçados sem correr o risco deles próprios terem  suas notas rebaixadas, afirma.
 
 
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